Profissionais do Imobiliário pedem “choque fiscal” para resolver crise da habitação
Redução de impostos na construção e incentivos ao arrendamento são propostos como medidas para aumentar a oferta de casas no mercado.
A falta de oferta de habitação em Portugal é um problema estrutural que se arrasta há anos. Os profissionais do setor imobiliário acreditam que a solução passa por um “choque fiscal” que reduza a carga fiscal sobre a construção e incentive o arrendamento.
Carga fiscal sobre a construção
Os profissionais do setor argumentam que a carga fiscal sobre a construção em Portugal é excessiva, encarecendo os imóveis e dificultando o acesso à habitação. Segundo a Associação dos Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), a carga fiscal média na construção é de cerca de 40%, o que significa que, em cada 100 euros do preço final de um imóvel, 40 euros são pagos em impostos.
Para reduzir a carga fiscal sobre a construção, os profissionais do setor propõem:
- Redução da taxa de IVA de 23% para 6% na construção de novas habitações.
- Eliminação do AIMI, IMT e IS sobre a compra de habitação própria e permanente.
Incentivos ao arrendamento
Os profissionais do setor também acreditam que é necessário incentivar o arrendamento para aumentar a oferta de casas no mercado. Atualmente, a taxa de arrendamento em Portugal é de cerca de 20%, o que significa que apenas 20% dos imóveis disponíveis no mercado estão para arrendar.
Para incentivar o arrendamento, os profissionais do setor propõem:
- Redução da taxa de IVA de 23% para 6% no arrendamento de habitações a preços acessíveis.
- Criação de linhas de crédito bonificadas para jovens que pretendam comprar casa.
Conclusão
Os profissionais do imobiliário acreditam que um “choque fiscal” é fundamental para resolver a crise da habitação em Portugal. As medidas propostas visam reduzir os custos de construção e aumentar a oferta de casas no mercado, especialmente para os jovens.
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